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Mulheres adultas e o Ballet Clássico*.


Fotografia: Arquivo pessoal. Base de JOCUM Belém - Pará.


No ano de 2018, tive o privilégio de trabalhar com mulheres missionárias que moram em uma base na minha cidade, no Norte do Brasil.


Um sonho em minha vida: ministrar aulas de Ballet para mulheres adultas entre 26 e 49 anos.


Foi uma experiência incrível, repleta de aprendizados e realizações. Ainda sonho em levá-las para dançar no palco! Estarei por satisfeita (risos).


O Ballet Adulto na base da JOCUM (Jovens Com Uma Missão) Belém. Se você está se perguntando sobre o significado da sigla JOCUM e relacionando com a idade das minhas alunas, lhe digo que todos com um espírito jovem podem fazer parte dessa Agência Interdenominacional de Cristãos existente em vários países do mundo. Sua sigla internacional é YWAM - Youth With A Mission.


Abaixo compartilho os depoimentos de algumas delas. Para minha surpresa e alegria, a visão delas sobre si mesmas e sobre esta arte foi profundamente transformada! Vou colocar exatamente como elas descreveram suas vivências nessa arte tão linda que é o Ballet Clássico.


Por Helen Lanhellas.


* Texto publicado pela primeira vez em 06 de março de 2019.



 

Todos os depoimentos delas foram publicados pela primeira vez em meu antigo blog em março de 2019. Todas as fotografias são dos arquivos pessoais delas que gentilmente cederam para publicar no blog.


DEPOIMENTO de Selma Denise Trajano, 40 anos de idade, autônoma, missionária atualmente em Recife - PE.


“Bem, o que posso falar sobre o ballet, é que chegou em um momento bem difícil da minha vida, onde pensava o que fazer para superar uma depressão.

Então o ballet chegou e, quando vi alguns passos pensei que não fosse ter condições de fazer pois me achava dura demais.

Mas percebi que ao passar do tempo o que era difícil, se tornou prazeroso e uma terapia para o momento que me encontrava.

Contava os dias para que chegasse o dia da aula, pois era o melhor dia que além de fazer relaxar, me arrancava doces sorrisos.”



 

DEPOIMENTO de Ana Luiza da Silva Santos, tem 22 anos, missionária em JOCUM Belém.



“Eu nunca tinha feito alguma aula de ballet, eu pensava que não tinha mais idade pra isso;

Foi então que eu comecei a fazer, nossa foi muito incrível. Aí então, percebi que tinha jeito sim pra coisa, me fazia muito bem, tanto pra movimentar meu corpo como pra relaxar.

No momento eu não estou indo em nenhuma aula de ballet, porém alguns passos que eu aprendi venho praticando.”









 

DEPOIMENTO de Talita Brito, cientista da religião, missionária em tempo integral por JOCUM Belém – Pará – Brasil, idade: 30 anos.



“Sempre tive vontade de treinar balé, sonho de infância mesmo, mas não consegui, por inúmeros fatores.

Estudar balé, depois de tanto tempo, é emocionante e ao mesmo tempo bem desafiador. O corpo já não é o mesmo, mas a força de vontade só aumentava, a cada aula.

Acredito que essa experiência me incentivou a ir além do que eu imaginava conseguir. Me motivou a ir em busca dos meus sonhos e motivar outros também.

Obrigada por acreditar em mim, professora Helen.

Gratidão.”






 

DEPOIMENTO de Augusta Souza, 48 ANOS, sua área de trabalho é aconselhamento - Fundamentos e Métodos de Aconselhamento - FMA, formação na Universidade das Nações - UoFN, é missionária e mora atualmente na base de JOCUM em Pitanguí - Minas Gerais.


“A experiência que tive com o Ballet foi algo muito especial da parte da Helen, nos promover esse tempo (ano 2018), com ela, porque eu não sou uma pessoa muito delicada, às vezes, meio estabanada (risos), mas passei a ter um olhar diferente do que uma dança traz, a leveza, a delicadeza que o Ballet transmite, a dança, a arte.

É muito gratificante, não somente pela questão física, de manter um físico, mas o quão prazeroso é você curtir o momento dos exercícios, dos alongamentos.

E, observei também, a questão do sacrifício que é para as bailarinas profissionais, ter disciplina para se manter em forma.

Para mim foi muito gratificante, porque observei a arte do Ballet com outro olhar, um olhar menos crítico, que valoriza mais essa arte, porque a gente vê muitas coisas que não são legais, mas para mim foi gratificante de perceber que podemos ser mais delicadas… os gestos, a postura, isso desperta outros valores em nós.

Despertou em meu coração outros valores: disciplina, de gostar de aprender um pouco mais sobre o ballet.”



 

DEPOIMENTO de Samya de Oliveira Nascimento, 28 anos, Designer de interiores e missionária.



“Antes de ter a oportunidade de ter um contato pessoal com o Ballet eu imaginava que não seria possível eu realizar algum movimento sequer de tanta sinuosidade e delicadeza, não imaginava que era tão agradável os ensaios, e quão feminina eu poderia me sentir em cada movimento.

Delicado, elegante e firme é o ballet. Poder executar os movimento, descobrir que conseguia e que dependia apenas do quanto eu queria e me desprendia dos antigos conceitos para que tudo se torna-se possível e me levasse a uma experiência graciosa e encantadora.

Ainda neste momento a essa experiência do ballet me acrescenta, vejo que se aprende muito observando, mas as experiências empíricas não podem ser descartadas, há experiências que você precisa viver para se conhecer, para testar seus conceitos e para viver outras perspectivas sobre dança, sobre sentir seu limites e sobre entender coisas novas.

É importante ousar, não limitar-se quando o novo te proporciona conhecer-te mais, como o ballet me permitiu conhecer.”



 

Seja encorajado(a) por estes depoimentos a fazer aquilo que você adiado por acha que "já passou da idade". Apenas comece! Um novo projeto que você ama e que vai servir aos outros, no sentido de servir o outro e ao mesmo tempo de aprender com o outro. Apenas dê o primeiro passo, é no caminho que O Caminho se revela a você, e aí você descobre suas habilidades, descobre que pode fazer algo que nunca pensou que conseguiria, e assim por diante. Mesmo que te dê trabalho, afinal de contas trabalho dignifica o humano, voluntário ou remunerado, quando se faz o que ama o trabalho não é te traz retornos que você nem imaginava!


Por Helen Lanhellas.

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