Por Helen Lanhellas
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Foto: Acervo pessoal.
Quando alguém faz arte e argumenta que cada um tem sua interpretação do que ele(a) fez, há algo que precisa ser levado em consideração: tudo bem que o outro ao observar uma obra de arte será alcançado por ela e pode interpretá-la do jeito que ela tocou seu coração, entretanto precisamos ter consideração com o que o artista quis falar por meio daquela obra de arte.
Agora, o que parece não ser nada saudável é o artista querer se isentar, se neutralizar quando produz uma obra de arte, porque a verdade é que não há neutralidade, o filósofo Herman Dooyeweerd diz que o coração é um dispositivo religioso, expressamos, declaramos em palavras e ações nossa cosmovisão, nossa visão de mundo, e é claro que aos que produzem arte isto não é diferente, não há separação, não há dicotomia, arte pela arte (esta última frase pode fazer outro post) só para expressar o que se quer, sem propósito, ou só questionar por questionar sem querer respostas, o que querem então? Isto é:
Abismo chamando outro abismo.
- Salmos 42:7 -
Matam o corpo mas não podem matar a alma
- Mateus 10:28 -
Somos seres completos, complexos, criados de forma integral pelo Criador, Deus O SENHOR, de maneira única, criativa, inteligente, temos emoções, razão e tantas características DEle compartilhada em nós.
Herman Dooyeweerd explanou sobre que nosso coração precisa ser regenerado e esse processo somente encontramos naquele que nos criou: Deus. Nosso coração só descansará quando repousar NEle. Negar isso é se afastar do Criador, é mais uma forma de rebelião, que causa o que hoje vemos claramente: a desumanização do ser humano em muitos aspectos, e é muito triste de perceber.
Jesus Cristo morreu por nós, por toda a humanidade para nos salvar, por meio de sua morte Deus reconciliou consigo mesmo todas as coisas, repito: TODAS as coisas, inclusive nosso relacionamento com Ele que foi quebrado em Adão. A Cosmovisão cristã parte do pressuposto Criação, Queda e Redenção, e se você pensar comigo perceberá que as repostas que buscamos não estão no humanismo exacerbado criado pelo homem, onde ele mesmo é a medida de todas as coisas, não tem só imanência aqui, há a transcendência! Tão cara a nós, e tão maravilhosa, e que infelizmente tem sido negada por aqueles que preferem se afastar do Criador, ao invés de escolher conhece-Lo de fato e de verdade.
Nossas repostas, e mais do que repostas, nosso descanso, nossa liberdade, e leveza que buscamos estão no próprio Deus Criador que sabe e conhece nosso coração, nossa forma de olhar a vida, Ele conhece toda a complexidade como fomos criados, claro! Foi Ele que criou essa pessoa incrível que você é.
Nesse mesmo olhar e coração, produzir arte não é diferente, percebi que há uma espécie de crença, uma visão de mundo, a qual a neutralidade pode existir, e isto, e penso ser isso claramente um reflexo de querer fugir da responsabilidade de arcar com as consequências daquilo que faz, daquilo que está dito por meio da arte; provável reflexo de uma imaturidade, pois liberdade e responsabilidade estão intrinsecamente caminhando juntas. A tal “liberdade de expressão” está distorcida em seu significado, revelando uma fuga para pessoas que se utilizam da premissa de que liberdade é “fazer o que ser quer”; só pularam a parte das consequências de se fazer o que quer, para não querer arcar com as consequências dos seus atos.
Adão e Eva fizeram algo bem semelhante quando Deus os confrontou depois dos mesmos terem cometido o pecado de querer ser “independente” fora de Deus (uso entre aspas porque não há independência fora de Deus, fora de Deus só há escravidão), isso não é novo, o homem na história sempre buscou subterfúgios para não arcar com suas responsabilidades diante de Deus: uma delas, por exemplo, inclui ser mordomo daquilo que Deus nos deu, governar sobre a terra e isso requer responsabilidade que traz maturidade. E ao que parece há pessoas que o que menos querem atualmente é ter maturidade, querem o tempo todo criar fugas para serem infantis em suas respostas diante da vida. E ao mesmo tempo que é triste de se ver, é muito sério.
Por isso encorajo você a enxergar tanta beleza que há em ser livre e responsável. Não, não é fácil viver algumas responsabilidades, mas a vida tem esses aprendizados não é mesmo?
Continuando sobre a “liberdade de expressão”, coloco entre aspas mesmo porque o que se observa atualmente é o mal uso de tal termo para – novamente - a fuga sob o pretexto para falar ou fazer o que se quer sem medir as consequências de seus atos e palavras, sem pensar no próximo,
Como vocês querem que os outros lhes façam, façam também vocês a eles. - Lucas 6:31 -
Sabe... a realidade da liberdade tem um valor incomensurável; pagamos o preço dela? Sim, pagamos; ter asas e voar tem seu preço e seu valor, de fato, e eu não abro mão disso e te encorajo a não abrir mão da sua liberdade dado por Quem amou você primeiro.
O preço da liberdade foi alto, impagável por nenhum de nós. Seu valor é altíssimo, foi Jesus Cristo Quem nos deu, sem merecermos, para toda a humanidade. Ele pagou o preço para que eu e você sejamos livres. E só está disposto a viver a liberdade aqueles que estão dispostos a compreender que a Real Liberdade só se encontra Nele, que a responsabilidade faz parte da vida e nos traz maturidade, que não significa estar pronto, e sim em processo.
Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo. - Filipenses 1:6 -
Por uma cosmovisão da realidade que nos revele seu significado. Mesmo que a jornada tenha suas dificuldades, e que interpretemos a vida de um jeito que pode nos deixar com o semblante caído, o clamor aqui é: Por olhos bons e coração regenerado que repousa em Deus para interpretar a vida e sermos leves, livres e confiantes na jornada.
Deus abençoe sua vida.
Feliz Vida para você!
Com carinho,
Helen.
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